Miranda do Douro

Sé Catedral de Miranda do Douro

Na zona nordeste do território nacional situa-se a bela e periférica cidade de Miranda do Douro, elevada àcategoria de sede episcopal em 1545, altura em que também passou à condição de cidade.

Também porordem de D. João III, Miranda do Douro iria ver nascer a sua imensa catedral, a partir de um projetodelineado nos ateliers da capital, alterado e completado, alguns anos mais tarde, pelo arquiteto Miguel deArruda, coadjuvado pelos mestres espanhóis Francisco Velásquez e Pedro de La Faia.Para se erguer a Sémirandense, terá sido destruída a antiga Igreja de Santa Maria, templo gótico do reinado de D. Dinis.Demolido esse templo trecentista, as obras da Sé maneirista começaram em 1552, sendo ela consagradaem 1566.Até 1780, a catedral foi o centro aglutinador da vida social, religiosa e cultural de Miranda doDouro.

Nessa altura, o papa decidiu a reunificação do bispado desta cidade fronteiriça com Bragança,ficando esta última como centro do bispado nordestino.

Fronteira a um amplo adro ergue-se a imponente esólida fachada catedralícia, marcada pelas altas e poderosas torres sineiras retangulares, cobertas porpequenas cúpulas com esbelto lanternim. A parte central da fachada é rematada superiormente porbalaustrada e esbelta cruz barroca de ferro forjado, sendo fortemente marcada pelo austero e monumentalportal nobre maneirista, desenvolvendo-se em composição retabular de dois andares e rematado por cruzlatina. O portal é ritmado nos dois pisos por pares de esbeltas colunas, ladeando o arco de volta perfeitada porta e o janelão axial superior.

A cantaria dos dois pisos da fachada é rasgada por oito sóbrias janelas,realizando parte do sistema de iluminação do interior do templo. Na parte anterior da catedral situa-se um jardim, onde se integram os restos do monumental claustrogranítico quinhentista, seriamente danificado por um incêndio ocorrido nos começos do século XVIII.

Sãoainda visíveis as galerias do piso térreo, com os seus arcos abatidos assentes em pilares quadrangulares. O interior do templo apresenta corpo de três naves dividido em cinco tramos e transepto muitodesenvolvido, ambas as áreas cobertas por abóbadas de berço decoradas com nervuras e reforçadas porarcos torais, assentes em pilares da ordem toscana. O corpo da igreja é preenchido por um conjunto de 12 altares e retábulos em talha dourada, obras que vãodesde o estático maneirismo quinhentista, passando pelo austero barroco nacional, até ao movimentado etúrgido barroco joanino setecentista, enriquecidos ainda por belos exemplares de pintura e escultura dosséculos XVI-XVIII.

A capela-mor possui um belíssimo retábulo de talha dourada maneirista, já com laivos decorativos doproto-barroco seiscentista. Concluído em 1614, a sua autoria deve-se ao mestre espanhol GregórioFernandez. Disposto em dois andares e dividido por colunas, nele podem observar-se várias estátuas desantos e relevos referentes à vida de Cristo e da Virgem Maria.

O destaque vai para um soberbo Calvário,conjunto escultórico de grande tensão dramática.Realça-se ainda neste magnífico ambiente de talhadourada o exuberante órgão barroco do século XVIII e o equilibrado cadeiral maneirista de Quinhentos,composto por espaldar de arcarias com pinturas, ladeado por colunas coríntias e rematado por dossel efriso de linhas barrocas ondeantes.

Sé Catedral de Miranda do Douro. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-05-06]. 

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